sábado, 3 de novembro de 2012

GÊNERO CATTLEYA

C.labiata tipo ‘Estrela de Pernambuco’
http://www.orquidariovirtual.com/orchids/cattleya/page/61/
A foto que inicia o post é a C. labiata tipo "Estrela de Pernambuco"

Este post é direcionado aos neófitos que estão se inciando neste campo de conhecimento  porque os orquidófilos e orquidólogos já tem conhecimento de sobra a este respeito. E principalmente àqueles que estão já fisgados pelos encantos da orquídeas e querem começar a adquirir conhecimentos sobre tal arte/ciência.

A partir deste post vou estudar junto com vocês este espécime de orquídea que considero um dos mais belos entre as orquidáceas. Hoje em dia a variedade de espécies é muito grande em parte devido às hibridizações feitas pelos orquidólogos. Mas, vamos pinçar algumas espécies e estudá-las individualmente.

Sobre o Gênero Cattleya

O gênero Cattleya foi proposto por John Lindley em Collectanea Botanica 7: t. 33, em 1821, com nome em homenagem a William Cattley, orquidófilo inglês, que teve seu nome latinizado para Guglielmus Cattleyus.

São cerca de quarenta robustas espécies epífitas, de crescimento subcespitoso, dispersas pelas florestas tropicais da América Latina, , do México a Argentina, algumas espécies vivendo em áreas mais secas e submetidas a mais insolação outras mais sombrias e úmidas, cerca de trinta espécies no Brasil. Existem desde o nível do mar até dois mil metros de altitude, adaptam-se a praticamente todos os climas latino americanos exceto áreas desérticas ou geladas.


Cattleya (em portuguêsCatléia) é um gênero de orquídeas de flores grandes e vistosas, muito popular, com inúmeros híbridos intergenéricos, amplamente disponíveis no comércio, que exercem enorme apelo e adaptam-se bem à coleções mistas de orquídeas.
Desde que foi descoberto, Cattleya tem sido talvez o gênero mais festejado e cultivado dentre todas as orquidáceas, provavelmente este é o gênero que surge à nossa lembrança quando ouvimos o nome orquídea, servindo bem para exemplificar toda a família. Desde sua descoberta, as Cattleya tem sido usadas intensivamente para obtenção de híbridos de grande efeito ornamental. Nenhum outro gênero pode rivalizar em quantidade de híbridos vistosos obtidos.
Sem dúvida as enormes e duráveis flores deste gênero contribuem enormemente para o desenvolvimento da orquidofilia. Uma das características das espécies deste gênero é serem muito variáveis, tão diversas que em alguns momentos temos dificuldades em saber se pertencem a esta ou aquela espécie. Algumas das espécies possuem diversas dezenas de variedades e centenas de clones.

O interesse que despertam é tão grande que cada nuance de cor, mancha, pinta, ou forma é minuciosamente observado e descrito por taxonomistas e aficcionados, que dedicam-se com afinco a esta atividade, valorizando muito as raras variações de cores e padrões que cada uma dessas espécies tão variáveis é capar de produzir. Dedicam-se ainda apaixonadamente a cruzar espécies de flores grandes e redondas em busca da perfeição. É natural que o sejam já que se trata de flores tão magníficas. O gênero é tão valorizado que existem até livros tratando exclusivamente de cada espécie e suas variações.
No passado algumas das variedades foram vendidas por verdadeiras fortunas. Hoje, graças ao trabalho de orquidófilos amadores e profissionais, através do cruzamento de clones de forma e cor excepcionais, muito dos antigos clones perderam seu valor e plantas de ainda maior qualidade surgiram, e são razoavelmente acessíveis a qualquer colecionador.
A melhoria das espécies está atingindo um nível tal que já se pode compará-la à longa genealogia dos híbridos com sua relação de pais, avós e bisavós famosos. Algumas dessas flores são tão perfeitas que já vão até perdendo sua semelhança as plantas encontradas na natureza, de cores comuns, pequenas, e mesmo caídas ou levemente tortas. Cultivar uma verdadeira Cattleya de forma apenas razoável como as antigamente encontradas no mato está se tornando uma raridade.

Algumas espécies de Cattleya:

Cattleyas bifoliadas


Grupo formado por espécies geralmente altas com pseudobulbos estreitos e duas ou mais folhas na extremidade, em regra com mais flores que os outros grupos, geralmente menores e menos vistosas.
  1. Cattleya aclandiae (Brasil)
  2. Cattleya amethystoglossa (Brasil)
  3. Cattleya bicolor (Sudeste do Brasil)
  4. Cattleya dormaniana (Brasil)
  5. Cattleya elongata (Brasil)
  6. Cattleya forbesii (Brasil)
  7. Cattleya granulosa (Brasil)
  8. Cattleya guttata (Brasil).
  9. Cattleya harrisoniana (Sudeste do Brasil).
  10. Cattleya intermedia (Sudeste e Sul do Brasil, Paraguai, Uruguai).
  11. Cattleya kerrii (Brasil).
  12. Cattleya loddigesii (do Sudeste do Brasil ao Nordeste da Argentina).
  13. Cattleya porphyroglossa (Brasil).
  14. Cattleya schilleriana (Brasil).
  15. Cattleya tenuis (Nordeste do Brasil).
  16. Cattleya tigrina (Sudeste e Sul do Brasil).
  17. Cattleya velutina (Brasil)
  18. Cattleya violacea (Colômbia, Venezuela, Guianas, Brasil, Bolívia, Peru e Equador).

Cattleyas monofoliadas


Grupo da Cattleya labiata, com pseudobulbos mais curtos e uma só folha no ápice. Espécies vistosas com poucas flores grandes.
  1. Cattleya aurea (Sul do Panamá à Colômbia)
  2. Cattleya candida (Colômbia).
  3. Cattleya dowiana (Costa Rica)
  4. Cattleya gaskelliana (Colômbia à Trinidad-Tobago).
  5. Cattleya jenmanii (da Venezuela à Guiana).
  6. Cattleya labiata (Brasil)
  7. Cattleya lueddemanniana (Norte da Venezuela).
  8. Cattleya mendelii (Nordeste da Colômbia).
  9. Cattleya mossiae (Norte da Venezuela)
  10. Cattleya percivaliana (da Colômbia ao Oeste da Venezuela).
  11. Cattleya rex (da Colômbia ao Norte do Peru).
  12. Cattleya schroderae (Nordeste da Colômbia).
  13. Cattleya trianae (Colômbia).
  14. Cattleya wallisii (Norte do Brasil).
  15. Cattleya warneri (Leste do Brasil).
  16. Cattleya warscewiczii (Colômbia).

Existem muitas variedades deste gênero que não estão citadas porque nestes posts vou me limitar às espécies brasileiras bifoliadas e monofoliadas. Iniciamos com C. labiata.

Cattleya labiata é uma espécie que, no final do verão e princípio do outono, enfeita nossos orquidários com as suas flores. Além das belas flores, somos premiados com seu magnífico perfume que é exalado principalmente na parte da manhã.
Ele é tão característico que podemos chamar de "perfume das Cattleyas".
Espécie considerada "Rainha do Nordeste Brasileiro", foi classificada e descrita por John Lindley, em 1821.
Ela é considerada o protótipo de todas as Cattleyas do grupo das labiatas.
 Algumas árvores, hospedeiras das cattleyas labiatas: Curatela americana - Samambaíba - Cajueiro bravo - as folhas servem de lixa,as folhas não fazem chamas devido a dose de sílica da casca. Sapucaia ou côco Sapucaia = Lessids pzonis O fruto dessa árvore,serve para plantar algumas micro orquideas, fica bom como adorno. antes,tem que preparar esse côco,limpando por dentro e furando para drenagem. Anotes - 1.981 - litoral paulista.

Principais variedades

  • Alba: pétalas e sépalas branco-puro, apresentando no interior do tubo colorido amarelo. Clones mais conhecidos: "Fumeiro", "Angerer" e "Octávio Fontes".
  • Caerulea: pétalas e sépalas ligeiramente azuladas, apresentando no lóbulo frontal do labelo tom mais intenso. Clone: "Azulão".
  • Amethystina: pétalas e sépalas levemente azuladas e lóbulo frontal do labelo de cor ametista. Principal clone: "Canoinha" ou "Norma Dreher".
  • Concolor: pétalas, sépalas e labelo apresentando um só tom de colorido. Clone: "Walter Dreher".
  • Amesiana: pétalas e sépalas suavemente rosadas e labelo de colorido um pouco mais intenso. Clone: "Márcia Regina".
  • Amoena: pétalas e sépalas brancas, apresentando no lóbulo frontal um colorido lilás/róseo claro. Clone mais famoso "Flagstad"
  • Semi-alba: pétalas e sépalas brancas e lóbulo frontal do labelo colorido. Clones mais conhecidos: "Marina", "Cooksoniae" e "Luar de março".
  • Rubra: pétalas e sépalas lilás-escuras quase rubras e lóbulo frontal do labelo purpureo. Clones: "Guerreiro" e "Schuller".
A planta considerada Tipo tem pétalas e sépalas lilás escuro e lóbulo frontal do labelo de cor púrpura. Clones mais conhecidos: "Cara Branca", "Guarani", "Rosa Rinaldi" ou "Emilia" e "Juliana".

 C. labiata Tipo

A planta considerada Tipo tem pétalas e sépalas lilás escuro e lóbulo frontal do labelo de cor púrpura. Clones mais conhecidos: "Cara Branca", "Guarani", "Rosa Rinaldi" ou "Emilia" e "Juliana".



A variedade "Estrela de Pernambuco"  tem um nome bem escolhido porque é no estado de Pernambuco que ela foi encontrada primeiro e é considerada uma flor símbolo do Estado, e "Rainha do Nordeste"


C. labiata Lindley (subgênero)
Cattleya labiata Lindley 1824 SUBGENUS Cattleya SECTION Cattleya Lindley Photo by © Lourens Grobler


Espécie considerada "Rainha do Nordeste Brasileiro", foi classificada e descrita por John Lindley, em 1821.
Ela é considerada o protótipo de todas as Cattleyas do grupo das labiatas.
Recentemente orquidófilos reunidos em Rio Claro conferenciaram e redigiram uma carta definem o padrão para classificação da C. labiata Lindley.

Quem desejar conhecer o conteúdo da carta poderá vê-la no link:http://www.damianus.bmd.br/CursoLabiata/capitulo10.pdf


C. labiata variedade Rubra

Cattleya labiata Rubra

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cattleya_labiata_rubra_schuller.jpg


Por hoje vamos ficando por aqui.

Fontes:
http://orquidófilos.com

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